As ben(mal)ditas opiniões
Que todas as pessoas no mundo tem direito a dar a sua opinião, isso já sabemos... E também que todas as pessoas no mundo tem direito a aceitar ou recusar as opiniões dadas, é igualmente um facto. A não ser que sejas recém-mamã, pois ai a situação é outra...
Quantas de vós já se depararam com situações em que alguém próximo (ou não, o que chateia ainda mais) vos está a dar a sua opinião e vocês estão tão interessadas como os pinguins do Madagáscar em que apenas sorriem e acenam?! Eu já, milionésimas vezes.
E como dizemos a essas pessoas que não queremos as suas opiniões? Se alguma de vós souber que me diga, pois eu ainda não descobri essa fórmula secreta sem ferir os sentimentos de ninguém... Sim, ainda temos este problema: ferir os sentimentos! Ninguém se lembra que nós, mamãs (de primeira viagem ou repetentes) também temos sentimentos e que podem ser igualmente feridos quando tentam impingir as suas opiniões, porquê? Porque simplesmente não querem saber! Mais que ninguém sabemos que não temos experiência de vida, sabemos que na realidade não fazemos a menor ideia do que andamos a fazer, mas também não temos simplesmente que ouvir e acabou-se.
Quem, armado em moralista, nos dá essas benditas opiniões, tem que parar e pensar que também errou, que também não sabia (e muita vez ainda não sabe) o que fazia, e que provavelmente queremos fazer as coisas da forma que achamos melhor para nós e para a nossa família e que tentamos ao máximo faze-lo, logo não precisamos de alguém, tão humano quanto nós, achando-se superior venha dizer como devemos ou não fazer certas coisas.
Esta reflexão que hoje escrevo vem ao encontro de muitas queixas (minhas inclusive) que tenho ouvido de amigas, que foram mamãs há pouco tempo e que não sabem o que fazer em relação a estas pessoas. Pois infelizmente, existem mesmo pessoas que não sabem qual o seu lugar. Não penso que vá resolver nada com este texto, nem tão pouco é essa a minha intenção, quanto muito poderei ferir susceptibilidades (well, sorry... actually, not sorry), mas escrevo-o porque sinto-o na pele, e penso que há que começar a educar mais as pessoas no sentido de calarem a boca. Sim, simplesmente calarem a boca, pois ninguém é perfeito, e nós mamãs de primeira viagem, temos o direito de errar, de fazer as coisas só porque sim, de decidir o que NÓS achamos melhor para o nosso bebé, porque no fim do dia quem lida com as consequências somos nós, e é preferível "sofrer" as consequências de algo que decidimos pela nossa cabeça fazer (sim, por incrível que pareça também pensamos) do que sofrer as consequências por decisão de outra pessoa, porque?! Porque se correr bem dizem: "Fui eu que disse para fazeres assim", mas se correr mal ouvimos:"Ah foi só uma ideia, não precisavas ter feito como te disse". Quem nunca ouviu isto?!
Só mais uma coisa, quando falo em opiniões não me refiro de todo a conselhos, pois esses são sempre bem vindos, mas tal como existe uma linha que separa muita coisa, também existe uma linha que separa um bom conselho de uma opinião inoportuna. E há que ler nas entrelinhas, pois (e isto para quem muito gosta de opinar) nota-se bem quando a pessoa não quer saber da nossa opinião para nada, mas aceita só para não ferir os nossos sentimentos. Fica a dica!
Sejam felizes! <3
Imagens: Google